Como conhecer um elefante?
Era uma vez um país onde as pessoas não conheciam os elefantes. Nele, o líder de uma empresa vivia aborrecido com as constantes discussões de sua equipe de conselheiros. Cada um tentava impor aos demais suas ideias e não queria saber de ouvir as ideias dos outros.
Para ensinar a todos uma lição, o líder pediu que o acompanhassem e vendou bem seus olhos com fitas de tecido. Levou-os a um local onde estava de pé o primeiro elefante a chegar ao país. Guiou as mãos de cada conselheiro a diferentes partes do animal: a cauda, a perna, a barriga, a orelha, a presa e a tromba. Pediu-lhes para examinar e descrever o que tocavam.
Ao responder, todos começaram a discutir: para quem pegou a cauda, era um espanador; para quem agarrou a perna, uma coluna; para quem tocou a barriga, uma parede; para quem apalpou a orelha, uma bandeira; para quem examinou a presa, um chifre; e, para quem segurou a tromba, uma serpente voadora. No meio dessa discussão, o líder pediu aos conselheiros que retirassem suas vendas. Todos ficaram surpresos ao ver por inteiro o animal que só conheceram por partes!
O líder perguntou o que descobriram com a experiência e anotou na lousa as respostas mais interessantes: todos estavam certos em relação à parte tocada; todos estavam errados em não aceitar as observações dos demais em relação às outras partes; o elefante correspondia às observações, mas era mais que sua soma; a combinação da descrição de todos ainda seria insuficiente para explicar a quem não o conhece como é esse animal.
A equipe chegou à conclusão de ser importante saber que cada coisa do mundo pode ser observada de modo diverso a partir de diferentes pontos de vista. O líder destacou que, para ampliarmos nosso conhecimento, é necessário cultivar a capacidade de ouvir com respeito e tentar compreender a visão dos outros.
