Afastar a grama à procura da serpente,
Fênix estende as asas,
Vento curva as folhas de lótus,
Cavalo celeste galopando no céu,
Macaco branco oferece frutas,
Vento varre a flor de pessegueiro.
Estes são os nomes
de alguns dos 54 movimentos
da Espada de Tai Chi,
arte marcial chinesa
que remonta à dinastia Sung (960 – 279 d.C.).
Conforme escreveu o mestre Liu Chih Ming,
“a simplicidade de seus movimentos
contém uma extrema sutileza e magia.
A leveza e a agilidade de seus movimentos
resultam num bailado gracioso e belo,
no entanto, se utilizados como arte marcial,
podem se transformar em movimentos poderosos e firmes.
Além disso, a prática da Espada de Tai Chi
tem grandes efeitos terapêuticos”.
“A Espada de Tai Chi
tem sua raiz no Tai Chi Chuan,
sendo a espada uma extensão do corpo.
Na prática da Espada de Tai Chi,
o domínio não se consegue só com a mão,
mas sim com todo o corpo.
A magia do movimento
está no fato de que a extensão guia a energia,
e esta por sua vez guia o corpo.
Nesta prática pode-se chegar a um estágio elevado
onde ocorre a união da espada com o ser;
a espada adquire vida e passa a fazer parte do corpo
e, por fim, não são os movimentos da espada que acompanham os do corpo,
e sim o corpo que acompanha a espada”.
Claudio Daniel
Trecho do texto "Equilíbrio e transformação",
postado pelo poeta em 21 de junho de 2009
no blog "Cantar a Pele de Lontra IV"
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